A carioca Camila Del’Amico tem bagagem de sobra quando o assunto é explorar o mundo: a carioca trabalhou como comissária de bordo para a TAM Linhas Aéreas e a Emirates por 9 anos antes de se apaixonar pelo continente africano em uma viagem para o Quênia.
Em 2014, Camila juntou-se ao time de consultores de viagens da Rhino Africa e, desde então, tem contribuído para que turistas brasileiros também se apaixonem pelo continente, a partir de atendimento personalizado, planejamento e desenvolvimento de viagens sob medida para os melhores destinos e acomodações africanas.
Na entrevista a seguir, Camila compartilha um pouco de sua experiência como consultora de viagens, incluindo informações e dicas sobre os destinos, acomodações e atrações prediletas do público brasileiro que, a cada ano, tem mostrado mais e mais interesse pela África, sobretudo pelos países da África Austral.
E como Camila gosta de citar R. Elliot: “Se você visitar apenas dois continentes na sua vida, visite a África duas vezes!”
A partir da sua experiência trabalhando na Rhino Africa, que tipo de viagens o brasileiro costuma fazer no continente africano?
De uma forma geral, o brasileiro costuma vir para cá depois de ter ido para os Estados Unidos e Europa. Costumam usar como base os roteiros das agências brasileiras. Gostam mais de ter guias e translados ao invés de dirigir na mão inglesa.
Quais são os lodges mais escolhidos pelos brasileiros?
No Kruger, eles costumam escolher os hoteis Kapama, Sabi Sabi e MalaMala. Em Sun City, costumam ficar hospedados no Palace of the Lost City. Em Cape Town, o Table Bay é o queridinho dos brasileiros.
Quais são os destinos e itinerários preferidos?
O roteiro mais comum seria: 3 noites de safári no Kruger, 4 a 5 noites em Cape Town. Algumas pessoas têm interesse em Sun City e na Região dos Vinhos. Poucas já conhecem a Rota Jardim.
Quais são as atividades e passeios preferidas do público brasileiro?
– Cabo da Boa Esperança (passando pela praia dos pinguins e pelo Jardim Botânico Kirstenbosch)
– Região dos Vinhos (geralmente ficam em Cape Town e passam um dia inteiro na região dos vinhos com guia)
– Centro da cidade e Table Mountain (amam fazer compras no Green Market Square)
Quais são as viagens mais bem sucedidas, no sentido de que os viajantes nunca costumam se arrepender?
Cape Town e Kruger são imperdíveis. Todos os meus clientes vão embora apaixonados por Cape Town, é sempre melhor do que a expectativa deles. No mais, como o Real é mais valorizado que a moeda local, o Rand, eles comem muito bem aqui, por menos, e fazem boas compras.
Quais tipos de destino costumam não corresponder às expectativas do público? Há algum exemplo de viagem que o público costuma cobiçar e acaba não gostando?
Mais de uma vez eu tive reclamações sobre Sun City. Teve gente que amou também, mas muitas vezes eles esperam algo mais selvagem e diferente e algumas pessoas acham (o destino) artificial. Hoje em dia eu sempre envio material com atividades, fotos e explico com mais detalhes para não haver decepções.
Outra coisa muito comum é querer gastar menos ficando do lado de fora do Parque Nacional do Kruger. Nós costumamos reservar hotéis nas reservas privadas adjacentes ao parque nacional (os animais andam livremente entre o parque nacional e a maioria das reservas privadas), onde a experiência é muito melhor, mas bem mais cara.
Um dos lodges mais simples em reserva privada sai por volta de US250 por pessoa por noite incluindo refeições e 2 safáris diários. Mas na maioria das reservas privadas, os carros de safári podem sair da estrada para ficar mais perto dos animais, há um limite máximo de carros em um mesmo lugar e os carros são menores. No parque nacional, qualquer carro pode pagar para entrar e os carros não podem sair da estrada principal. (clique aqui para entender mais sobre a diferença entre reservas privadas e nacionais)
Que conselhos você dá para o viajante brasileiro que quer vir pela primeira vez pra África? Que destinos ele deveria escolher, na sua opinião?
Com certeza deveriam vir para a África do Sul primeiro, para o Kruger e Cape Town e depois explorar países como Tanzânia, Quênia e Botsuana, que costumam ser mais caros, mas apresentam uma experiência mais crua da África.
Quais são os tipos de viajantes mais comuns que você costuma atender? Famílias, solteiros, casados? Se você pudesse descrever os perfis mais comuns, como descreveria?
Muitos casais com filhos à partir de 6 anos (idade que poderão fazer safári), casais em lua-de-mel e famílias multigeracionais (avós, pais, filhos) – esses últimos costumam viajar entre janeiro e julho.
O que costuma surpreender o brasileiro positivamente no continente africano? O que eles costumam elogiar mais?
A hospitalidade do africano. Eles amam os brasileiros e adoram falar de futebol. A beleza de Cape Town e a experiência no safari também são mágicas.
Por que o público brasileiro deveria adotar a Rhino Africa como companhia de viagens, na sua opinião? Quais são os benefícios de contar com a empresa?
Estamos baseados em Cape Town, temos relação direta com todos os hoteis e serviços e somos completamente apaixonados pela África e pela empresa. Conhecemos o continente como a palma da nossa mão e falamos português! Com isso, sempre terão apoio e suporte quando estiverem ou desejarem visitar a África.